Como trabalhar a logística no e-commerce brasileiro

Dois mil e vinte foi “o” ano do e-commerce brasileiro. De acordo com um estudo divulgado pela Conversion, que analisou os 217 maiores sites do país, as lojas virtuais tiveram 19,39 bilhões de acessos entre janeiro e dezembro do ano passado. Os bons números já apareceram em janeiro de 2021, com 1,77 bilhões de acessos (25% a mais na comparação com o mesmo período do ano anterior).

Por que mencionar esses dados em um artigo sobre logística no e-commerce? A resposta é simples: com a intensificação dos acessos, o aumento de pedidos e a migração de varejistas para o meio digital, os sellers precisam estar cada vez mais atentos à eficiência das entregas.

Quem compra pela internet sabe que não terá o produto em mãos imediatamente, precisando aguardar alguns dias para receber o pedido. No entanto, isso não significa que a logística deve se manter engessada.

Grandes marketplaces como Amazon, Americanas, Mercado Livre e Magazine Luiza já estão apostando em opções de retirada bastante ágeis, inclusive com entregas no mesmo dia. Para dar conta das demandas, as gigantes do e-commerce vêm ampliando seus centros de distribuição em diferentes regiões do Brasil e reforçando a malha logística. Mas há desafios…

Desafios da logística no Brasil

A grande extensão territorial do país e a falta de infraestrutura são considerados os maiores obstáculos para a logística brasileira. Outro fator preocupante é a instabilidade nos preços dos combustíveis, dificultando ainda mais a margem de lucro das operadoras de transportes.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, em 2020 foram entregues mais de 90 obras de transporte, incluindo cerca de 1.500 km de novas estradas. Para 2021, são previstas mais de 50 concessões para rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

Quanto ao e-commerce, que depende diretamente da logística, esses desafios não se encerram quando o cliente recebe o pedido, já que é preciso trabalhar ainda com a logística reversa. Nesses casos, o transtorno é ainda maior tanto para o seller (custo) quanto para o cliente (prazo).

É verdade que os problemas não estão próximos de serem zerados, mas seja otimista: a situação pode melhorar! Entendendo que a necessidade de eficiência logística é uma realidade, confira dicas de como otimizar as entregas do seu e-commerce e contribuir para a satisfação dos clientes.

Como otimizar entregas

O fato é que, mesmo as entregas não sendo imediatas e a logística tendo seus desafios, os consumidores estão se tornando mais exigentes quanto ao cumprimento de prazos e a qualidade dos serviços prestados. Por isso, elas devem ser vistas como uma das prioridades na gestão do varejo online.

Você, lojista, não conseguirá solucionar todos os problemas sozinho, mas pode seguir medidas que otimizam a logística do seu negócio. Veja algumas dicas:

1 – Siga uma metodologia

Existem diversas metodologias para controle e organização de estoque, sendo FIFO e FEFO escolhas bastante comuns entre os gestores de e-commerce. No método FIFO, têm prioridade de envio os itens armazenados há mais tempo. Já a técnica FEFO prioriza o despacho de itens mais novos, independentemente de qual lote chegou primeiro.

Também pode ser usada a Curva ABC, na qual os produtos são categorizados de mais a menos importantes. Nessa metodologia, os itens mais relevantes (Curva A) devem ser dispostos em locais de fácil acesso e armazenamento apropriado. Itens intermediários (Curva B) ganham menos destaque e os menos relevantes (Curva C) exigem menos cuidados.

Seja qual for a metodologia escolhida para a gestão de estoque, estude o dia a dia da sua operação: produtos mais e menos vendidos, espaço físico, produtividade da equipe de expedição, etc.

2 – Utilize SKU

Stock Keeping Unit (SKU) é um método para organização de estoque que pode fazer muita diferença na eficiência e agilidade da expedição. Consequentemente, você consegue despachar o pedido em menor tempo para o envio logístico.

3 – Use embalagens de qualidade

Uma das coisas mais frustrantes para quem compra pela internet é receber o item danificado. Lembre-se do velho ditado: o barato sai caro. Portanto, além de ter cuidado máximo com o manuseio dos produtos em seu estoque, utilize embalagens de qualidade e apropriadas para as dimensões dos itens, respeitando os limites de resistência.

4 – Qualifique a sua equipe

Não basta escolher uma metodologia e usar materiais de qualidade. É preciso estar com a equipe de expedição alinhada. Sempre que houver alguma mudança de processos, qualifique seus funcionários.

5 – Integre as vendas multicanal

Vender em mais de uma plataforma é cada vez mais comum, mas sem um bom hub de integração essa estratégia pode se tornar um pesadelo. Imagine que a cada pedido você precisa acessar uma plataforma diferente para gerenciar estoque, financeiro e logística. Em operações pequenas, com poucos pedidos diários, isso até é possível — mas se já tem um fluxo médio/alto ou deseja escalonar vendas, você precisa de um hub.

Veja bem: estamos falando de otimizar processos desde o estoque até o envio e rastreamento de mercadorias. Nesse sentido, ter um integrador é fundamental para economizar tempo, cumprir prazos e não decepcionar os clientes.

Gostou das dicas? Sucesso nos negócios e até a próxima!

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Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre Como trabalhar a logística no e-commerce brasileiro. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.

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