Se de um lado o comércio eletrônico se consolida e ganha força, de outro o comércio tradicional vê crescer os desafios para que suas operações sejam mantidas. Não há milagres aqui. Quanto mais cedo comerciantes de todos os tamanhos identificarem seus pontos fracos e começarem a corrigi-los, mais rapidamente podem se adaptar aos novos tempos e se manter no mercado.
Um estudo da Kearney sobre o tema reforça quatro tendências consideradas fundamentais para esta reação e sugere algumas ações específicas para cada uma delas:
Consolidação do mercado
De um lado, pequenos varejistas lutando contra a falência e, de outro, o mercado vai se consolidando, abrindo espaço para:
- Explorar oportunidades de fusões e aquisições que permitam ganhar escala e/ou adquirir novas competências;
- Analisar o footprint de lojas com olho crítico para aquelas lojas que não contribuem financeiramente e/ou não recuperaram após reabertura;
- Identificar vacâncias em pontos atrativos previamente não disponíveis
Aceleração do futuro digital
O comércio digital já vinha ganhando espaço, deixando as lojas físicas para trás e essa tendência se acelerou durante a pandemia em todas as categorias de compras. Com isso, cresceram também as expectativas dos clientes em relação aos níveis de serviço. Diante disso, é recomendável:
- Entender os novos hábitos ao longo da jornada do consumidor e fortalecer o engajamento digital e nas redes sociais;
- Fortalecer soluções multicanais que priorizam a conveniência e alavancam o papel das lojas;
- Impulsionar a eficiência operacional para viabilizar financeiramente o comércio eletrônico.
A era da deslealdade dos clientes
Os consumidores estão menos fiéis a empresas, marcas e canais de vendas específicos. Com a pandemia, o fechamento de lojas, a ampliação de ofertas de novos canais digitais, e a indisponibilidade de estoques levaram os consumidores a explorar novas alternativas de lojas, canais e marcas. Para reagir a isso:
- Crie ou reforce seus programas de fidelidade, de modo que se diferenciem da concorrência;
- Leve as funcionalidades das soluções de CRM para o próximo nível que permitam personalizar ofertas aos consumidores-alvo;
- Racionalize seu sortimento, reforçando as ofertas de marcas próprias.
O varejo de cabeça para baixo
Os modelos operacionais estão passando por uma forte disrupção, desde o perfil da mão-de-obra utilizada nas lojas até a organização da cadeia de suprimentos. Com a aceleração da adoção do comércio eletrônico causada pela pandemia, os varejistas foram forçados a improvisar soluções e a fazer ajustes em sua cadeia de valor. Para reagir a isso:
- Implemente modelos e funções flexíveis para o pessoal de loja;
- Reequilibre sua cadeia de suprimentos, os estoques e os recursos humanos para dar conta das mudanças na demanda do comércio eletrônico e lojas físicas, assim como as expectativas dos consumidores;
- Reforce a colaboração com sua cadeia de fornecedores.
O fato é que, com a pandemia, a utilização de meios digitais de compra tendem a se reforçar ainda mais. O consumidor que já comprava online está comprando ainda mais, e aquele que não o fazia, foi forçado a mudar de hábitos. Se o varejo físico quiser sobreviver, terá que se reinventar, integrando-se ao comércio online e otimizando a experiência do consumidor.
O post Desafios e oportunidades para o varejo diante dos novos tempos apareceu primeiro em E-Commerce Brasil.
Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre Desafios e oportunidades para o varejo diante dos novos tempos. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.
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