Design Thinking e o mapeamento de ideias e soluções para e-commerce

Buscar estratégias criativas e inovadoras é uma boa pedida para empreendedores quando se trata de ter sucesso em seus negócios, principalmente quando se refere ao contexto rápido e volátil de empresas que atuam no e-commerce.

Entretanto, a questão não é apenas sobre ter ideias ou fazer algo diferente. É preciso que haja consistência nesse processo e, principalmente, que ele traga resultados.

Uma ferramenta muito útil na busca por aprimoramento e que se popularizou recentemente é o Design Thinking. Essa metodologia é nada mais do que uma forma inovadora de pensar, de analisar o contexto de um problema com profundidade para depois apresentar uma solução. Mas não pense que seu uso está alocado apenas nas áreas de desenvolvimento de produto. Pelo contrário, a aplicabilidade do Design Thinking extrapola o setor de criação e potencializa diversos segmentos empresariais. Vou explicar como.

De maneira simplificada, o Design Thinking pode ser compreendido como uma abordagem colaborativa e coletiva que visa a encontrar solução para problemas considerando todas as partes envolvidas e suas variadas perspectivas. Não se trata de uma fórmula exata, mas de uma maneira de agir.

Soluções efetivas

As soluções buscadas pelo Design Thinking possuem como premissa o fato de serem viáveis, possíveis e desejadas. Dessa forma, precisam atender a três requisitos:

  • Serem financeiramente plausíveis, possibilitando a sustentabilidade do negócio;
  • Serem tecnicamente praticáveis no prazo estabelecido;
  • Possuírem algo de entrega de valor ao cliente, como alvo de desejo de quem irá usufruir delas.

Empatia, experimentação e prototipação

Ter o ser humano como centro, ser dinâmico, impactante e criativo são algumas das peculiaridades do Design Thinking.

Colocar-se no lugar do outro, por meio de uma postura empática, possibilita o surgimento de insights e a consequente compreensão de sentimentos, comportamentos e desejos das partes envolvidas na criação de um novo produto, processo ou serviço.

Diante de tal perspectiva, é possível considerar o inusitado, ter ideias, experimentar e testar por meio da prototipação. Assim, as ideias se tornam concretas e podem passar por avaliações – e melhorias – baseadas na experiência de seu uso. Isso garante uma grande economia de recursos financeiros e de tempo, já que possibilita ajustes antes de se colocar a inovação em prática de maneira efetiva.

Design Thinking no e-commerce

Ser escalável é uma das características de um negócio digital. O que é uma grande vantagem, quando observado pela perspectiva dos lucros. Entretanto, em tal contexto, as demandas também facilmente se multiplicam. Já falei sobre isso sob a perspectiva do oferecimento do frete grátis em lojas virtuais.

Portanto, para aplicar o Design Thinking no seu e-commerce, é necessário ter assertividade sobre qual aspecto está se buscando a solução ou ideias. É válido, dessa forma, definir um desafio a ser abordado por vez.

Para se ter total clareza, é recomendado escrever, juntamente com a equipe, o problema em foco em uma frase iniciada com a expressão “Como podemos” e recapitular o que já se sabe sobre a questão, pois isso auxiliará no processo de construir uma nova solução ou romper com os paradigmas existentes.

Com o domínio dessas informações, parte-se para a próxima etapa. É hora de definir quem é seu público-alvo, ou seja, quem irá usufruir de sua solução. Fazer uma imersão na realidade desse público é uma experiência rica que permite compreender o que ele precisa e espera.

Nessa fase, o seu negócio pode investir em enquetes online e também se inserir em comunidades virtuais para observar os padrões de comportamento. É válido, ainda, ter contato com pessoas de opiniões extremas, para encontrar um caminho mais adequado e desejável.

Lembrando que tal público pode se tratar de consumidores finais ou mesmo de colaboradores da sua empresa, quando se trata da busca de soluções para questões internas da organização, identificação de oportunidades de melhorias ou desenho de um novo processo, por exemplo.

No caso da logística, por exemplo, é possível investigar como pode ser melhorada a experiência de entrega de suas compras. Ou verificar com os colaboradores como poderia ser reduzida a quantidade de devoluções de mercadorias.

A proposta é que esse processo seja humano, consiga entender o ponto de vista do outro e identificar o que esse público entende como valor.

A partir daí, novas ideias começam a nascer e, após serem selecionadas, devem se tornar tangíveis por meio de protótipos e colocadas em teste. É o momento de refinar, fazer adequações, coletar feedbacks e sugestões de melhorias.

E, quando se chegar ao resultado considerado ótimo, a efetivação da solução na prática ocorre com sua implementação. Vale ressaltar a importância de se mensurar os resultados obtidos para que seja possível fazer uma avaliação de desempenho.

Empresas especializadas em serviços de logística estratégica possibilitam a geração de relatórios de performance. Por meio de dashboards que apresentam informações em tempo real, o e-commerce poderá saber, por exemplo, se os atrasos na entrega diminuíram com a implementação da solução gerada com a ajuda do Design Thinking.

Mas o processo do Design Thinking não acaba por aí, ainda mais em se tratando de e-commerce. Na verdade, ele nunca tem fim. É preciso estar atento às mudanças do mercado, à percepção de valor dos clientes, aos fluxos da empresa e às necessidades da sociedade para que as soluções sejam sempre atualizadas e, se for preciso, se inicie uma nova rodada de aplicação dessa abordagem.

 

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Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre Design Thinking e o mapeamento de ideias e soluções para e-commerce. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.

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