O papel do iniciador de pagamento no Open Finance

Experiência de compra mais curta, fluida e protegida para consumidores do comércio eletrônico. A terceira fase do Open Finance, marcada pelo serviço de Iniciação de Transação de Pagamento (ITP), promete simplificar o pagamento digital com diminuição de telas, redução de cliques e alto nível de segurança. Os iniciadores de pagamento vão redesenhar a jornada que um cliente faz para concluir uma compra pela internet, encurtando o caminho de checkout.

O Pix foi o primeiro arranjo de pagamento a ser escolhido para compor esse ecossistema, que vai adicionar outras opções de pagamento aos poucos. Apesar da sua popularidade entre pessoas físicas, o pagamento instantâneo é responsável por apenas 11,5% das transações no e-commerce, ficando atrás de meios como cartão de crédito e boleto. A expectativa é de que com o serviço de Iniciação de Transação de Pagamento esse número cresça consideravelmente.

A oportunidade está aí e os players do mercado já estão se preparando para o Open Finance. Seu negócio também está?

Avanços na jornada de pagamento digital

Seguindo a agenda de inovações do Banco Central, os iniciadores terão o papel de abreviar a jornada de pagamento, permitindo que o usuário inicie o processo ainda no ambiente do e-commerce e pague sua compra sem precisar acessar diretamente o aplicativo do seu banco ou conta digital. Isso quer dizer que o cliente terá acesso seguro à sua conta bancária para iniciar, dentro da própria loja e com seu consentimento, um pagamento via Pix.

Até então, para fazer uma compra virtual com o Pix, o usuário precisa copiar o código na loja, migrar para o aplicativo do banco ou conta digital, realizar o login padrão, acessar o menu Pix, colar ou ler o QR Code e, só depois, concluir o pagamento. É uma experiência cheia de interferências, que pode gerar insegurança no pagador.

Os gigantes do mercado já sabem disso

O Sistema Financeiro Aberto é uma tendência mundial. No Reino Unido, já existem mais de três milhões de usuários do Open Banking, e a estimativa é de que 60% da população já esteja usando até setembro de 2023. Esse modelo também é adotado por Austrália, Estados Unidos, Canadá, Japão e outros grandes países do globo.

Para negócios digitais, oferecer uma jornada de compra simples e segura é, também, estar alguns degraus acima dos concorrentes – especialmente em um mercado competitivo como o digital. Dados da PwC mostram que processos de pagamento ineficientes fazem com que quase 40% dos consumidores desistam de fechar negócio.

Uma experiência agradável influencia na decisão de compra, diminui o abandono de carrinho e aumenta as chances de conversão e retenção. A redução de riscos de fraude é outro benefício para comércios eletrônicos. O novo fluxo autentica informações e pagamentos diretamente com o banco do pagador, dificultando qualquer tentativa de golpe. Sem falar na redução de custos operacionais estimulada pela diminuição de intermediários necessários no processo de pagamento.

Por onde começar?

No Brasil, o Open Finance, combinado com o crescimento das vendas de comércio eletrônico, tem potencial para revolucionar o mercado de pagamentos.

Qualquer modelo de negócio que receba pagamentos digitais pode disponibilizar a opção de transação via Open Finance. No entanto, é necessário que ele atue como iniciador de pagamento ou se conecte a uma API (Interface de Programação de Aplicação) desenvolvida por uma iniciadora de pagamento autorizada pelo Banco Central.

Hoje, apenas cinco instituições no mercado estão aptas a atuar, em produção, dentro da fase de iniciação de pagamentos do Open Finance. Portanto, a preferência por instituições já homologadas pode adiantar a sua integração. APIs amigáveis, com arquitetura limpa e documentação objetiva, e capazes de realizar um alto volume de transações são as mais indicadas. O suporte técnico também é um diferencial para integradores.

No quesito segurança, o Open Finance, bem como as instituições participantes, deve obedecer a critérios rigorosos de proteção estabelecidos pelo Banco Central, que passam pela certificação de segurança em nível de mercado e testes homologatórios para garantir a eficiência das operações.

A oportunidade está aí e os players do mercado já estão se preparando para o Open Finance. E o seu negócio digital? Está pronto para embarcar nessa nova forma de recebimento?

Leia também: Banco Central recebe prêmio internacional por Open Finance

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Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre O papel do iniciador de pagamento no Open Finance. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.

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