Que o e-commerce vive um bom momento, ninguém duvida. Desde 2020, os números deixam bem claro que o comércio eletrônico vive a sua melhor fase até então. No primeiro ano de pandemia, 13 milhões de pessoas fizeram sua primeira compra online. Mas, em 2021, mesmo quando as medidas restritivas relacionadas ao coronavírus já haviam sido relaxadas, o hábito perdurou. Para se ter uma ideia, já no primeiro semestre, as vendas totalizaram um recorde de R$ 53,4 bilhões. E, para 2022, é esperado que os resultados positivos se mantenham. Especialmente com mais lojas aderindo ao parcelamento no boleto e Pix, as grandes tendências deste ano.
A busca por novas formas de pagamento vem se tornando o foco dos varejistas. E não é para menos: em um país com uma taxa de abandono de carrinho superior a 60% e mais de 61 milhões de consumidores sem acesso a serviços bancários – e, consequentemente, ao cartão de crédito -, os olhares se voltam para o checkout. Uma pesquisa realizada pela Samurai Experts em parceria com o E-Commerce Brasil mostrou que 42% dos lojistas consideram disponibilizar novos meios de pagamento ainda neste ano.
Crediário digital: por que o parcelamento no boleto e Pix são as grandes tendências para 2022
O parcelamento das compras é um velho conhecido dos brasileiros. Afinal, é por meio dele que muitos consumidores conseguem adquirir produtos de ticket médio maior, aumentar seu poder de compra e, assim, serem incluídos financeiramente no mercado. Acontece que, até pouco tempo, essa possibilidade de crédito estava restrita às lojas físicas. Na Internet, ou se pagava à vista no boleto ou no cartão, o que ainda é algo distante de muitos, como você viu na introdução deste artigo.
Foi observando esse gargalo que muitas fintechs se especializaram em encontrar soluções para saná-lo. O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) passou, então, a ser disponibilizado no e-commerce e logo se tornou um diferencial competitivo. Por meio do parcelamento no boleto, os varejistas conseguiram levar a experiência da loja física para a virtual e dar acesso a quem quer comprar, mas se via impossibilitado pelas opções disponíveis no checkout.
O crediário digital não pôde ignorar outra forma de pagamento que, mesmo recente, já caiu no gosto do consumidor: o Pix. Criado em outubro de 2020, de acordo com o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, possibilitou que mais de 40 milhões de pessoas fizessem sua primeira transferência bancária. Porém, no e-commerce, o Pix esbarrava no mesmo problema que já era visível no boleto: o pagamento só à vista.
Ou seja, o crediário digital consegue unir essas duas realidades, uma delas já consolidada (boleto) entre os consumidores e outra atual (Pix), mas que não pode ser ignorada. Vale lembrar que, até o final de 2021, o Banco Central já contabilizava mais de 115 milhões de usuários cadastrados nesse novo meio de pagamento.
O que o varejista tem a ganhar com o parcelamento no boleto e Pix
Como você pôde perceber, embora o e-commerce já tenha números surpreendentes, há espaço para que eles sejam ainda melhores. Ao oferecer mais uma opção de pagamento no checkout, há um estímulo natural à conversão. Afinal, até chegar ali, o consumidor já explorou a loja, escolheu os produtos e está disposto a fechar negócio. Passar por toda a jornada de compra e não poder concluí-la é frustrante para o cliente – e também, claro, para o varejista.
Por outro lado, quando é oferecido a ele um meio de pagamento que o inclua, além da conversão, as chances de recorrência de compra também aumentam. Isso porque, como esse ainda é um terreno pouco explorado no país, as lojas que disponibilizam o CDC no e-commerce se destacam.
Outro motivo para ficar de olho no parcelamento no boleto e Pix é o ticket médio. Segundo uma pesquisa realizada pela Cardify publicada na Forbes, metade dos entrevistados relataram gastar entre 10% e 40% acima do planejado quando o CDC está habilitado no checkout.
Hoje, o parcelamento no boleto e o Pix são uma tendência para o e-commerce brasileiro. Entretanto, nos Estados Unidos, onde houve um boom de opções buy now, pay later (“compre agora, pague depois”), essa já é uma opção consolidada. Tanto que 69% dos Millennials (nascidos entre 1981 e 1996) e 42% da geração Z (entre 1997 e 2010) disseram não comprar caso essa opção não esteja disponível, de acordo com levantamento realizado pela Afterpay.
Vendo o potencial que o parcelamento no boleto e o Pix têm no varejo brasileiro, é bem possível que, até o fim de 2022, o crediário digital passe a ser o queridinho dos consumidores por aqui também.
Leia também: Pix: o futuro do meio de pagamento e até onde ele pode chegar
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Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre Parcelamento no boleto e Pix: tendência em 2022. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.
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