Um panorama sobre o agronegócio no ambiente de vendas digitais

A transformação digital é um processo contínuo que se tornou indispensável na realidade vivida atualmente por empresas de diferentes setores. O modelo tradicional consolidado nas últimas décadas já não funciona mais com tanta eficácia. E, hoje, contar com a inovação atrelada à digitalização dos processos é um passo necessário a todas as empresas que estão em busca de resultados expressivos no mercado. Segundo o Índice CESAR de Transformação Digital, 23,7% das empresas sinalizam que a transformação digital se tornou a maior prioridade no planejamento estratégico. Esse número representa 7,3 pontos percentuais a mais em relação a 2019.

Nesse contexto, uma área que jamais pode ser esquecida é o agronegócio, que vem passando por uma verdadeira reestruturação com o advento da transformação digital. Na prática, o que vem acontecendo é uma quebra de paradigmas quanto às formas de produção e consumo (considerando o varejo em si). E isso impacta o setor agro como um todo. Se antes a prática mais comum era se deslocar até determinado local para adquirir um produto, hoje, a Internet modificou esse panorama por completo.

Os agricultores estão cada vez mais presentes no ambiente digital, sendo que, no Brasil, a preferência pelos canais online para compras agrícolas aumentou 10% em um ano, crescendo de 36% para 46% de acordo com a McKinsey & Company. O levantamento aponta, ainda, que tal crescimento se deu especialmente devido ao uso intenso do WhatsApp e ao avanço acelerado na criação de marketplaces agrícolas. Além disso, outro ponto importante que a pesquisa pontua é a expansão dessas plataformas agrícolas, que já é uma realidade, embora o mercado seja muito fragmentado.

Esse crescimento pode ser visto não somente na participação dos agricultores em canais digitais, mas também no investimento destinado à essas plataformas. Em 2020, a média de gastos com recursos online teve um salto de 21% para 29% dos gastos totais das empresas do setor. O que impulsionou esse cenário foi a compra de sementes, fertilizantes e produtos de proteção e nutrição vegetal, conforme o levantamento da McKinsey. 60% dos valores comprados relacionados à cultura do algodão vieram da Internet.

Comércio eletrônico no setor agro

Dentre tantos mitos relacionados à estruturação de um ambiente online de vendas, certamente podemos destacar dois extremos comuns, sendo eles:

  • Uma ferramenta simples e com pouquíssimos recursos de compras já basta para o comércio digital;
  • Investimentos exorbitantes, fora da realidade das empresas, precisam ser feitos para se obter o melhor ambiente digital.
  • Na verdade, o “meio termo” acaba sendo o mais adequado para colocar um e-commerce no ar, principalmente no setor agro. Indispensável, nesse caso, é consolidar um planejamento que seja viável e tenha a experiência no cliente como um dos pontos mais importantes. Logo, é preciso mapear o que não pode faltar no e-commerce, entendendo tudo aquilo que deve ir para o site assim que ele estiver disponível ao público. O comércio eletrônico ainda é principiante para os profissionais desse ramo, mas não há dúvidas de que, ao longo dos anos, esse cenário mudará.

    Aos produtores rurais que estão pensando em expandir sua presença no digital, não deixe para depois. Comece um planejamento o quanto antes e o amadureça até o estágio ideal para que seus clientes reconheçam sua marca no ambiente online.

    O papel dos dados

    Nenhum dos tópicos mencionados anteriormente será 100% eficaz sem que os dados coletados pelas empresas do setor sejam utilizados estrategicamente. Isso significa tê-los como principal motor para as tomadas de decisões e saber interpretá-los a fundo. A nova geração de produtores que está em ascensão no mercado é ligada a todas as tendências e sabe extrair o potencial máximo das vendas, independentemente do canal utilizado.

    Por isso, ao consolidar um ambiente digital, os dados se mostram indispensáveis para agregar oportunidades promissoras, que vão desde técnicas de armazenamento e análise de dados até mesmo à estruturação de uma base concreta para a tomada de decisões nessa área, que é tão importante para a economia do país.

    Dessa forma, vale a menção ao Business Intelligence (BI), para aprimorar esse processo de coleta das informações em tempo real e conseguir transformar esses insumos em ações estratégicas ao agronegócio. Além de conseguir tomar decisões mais assertivas, os profissionais do agronegócio conseguem, ainda, antecipar situações problemáticas e mitigar riscos.

    Em suma, ao levar uma empresa agro ao ambiente de vendas digital, é necessário considerar o papel dos dados nesse contexto, para que os negócios sejam bem-sucedidos. Inicie o planejamento de sua empresa o quanto antes e busque mapear de que forma os dados coletados estão sendo trabalhados.

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    Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre Um panorama sobre o agronegócio no ambiente de vendas digitais. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.

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