Agronegócio: o desenvolvimento tecnológico e a chegada no e-commerce

A tecnologia no setor do agronegócio não é algo recente. Ela começou há muitos anos e, como diversos outros segmentos, passou por grandes mudanças e transformações nos últimos meses. A consultoria Mckinsey, por exemplo, indica em pesquisas de 2020 que o agricultor está mais conectado do que nunca, e 33% deles pretendiam fazer compras online para seu cultivo nas próximas duas safras.

Além disso, há dados de mercado que mostram que a quantidade de lojas online da área aumentou 400% durante a pandemia e marketplaces para o agronegócio se consolidam, como a Órbia, Agro Galaxy, Agrofy, Agro2Business, Tratores e Colheitadeiras, entre outros canais que se propõem a levar ao consumidor final uma oferta completa de produtos e serviços Agro.

Antes disso, é claro, é importante dizer que o setor passou por um processo de desenvolvimento. A tecnologia chegou ao Agro auxiliando na gestão da fazenda, com ferramentas para controle de custos, gastos, preços, produtividade, fazendo com que o agricultor tivesse uma visão mais ampla de negócio. Na sequência, a transformação passou para o campo. Ferramentas inteligentes que conseguiam prever a produtividade, qualidade da terra, da semente, previsão do tempo e inúmeras outras soluções que faziam com que acontecesse um boom na produtividade do campo.

Agro é tech

O passo seguinte guiou o mercado, naturalmente, ao cenário de hoje, no estágio de digitalização do Agro em modelos de compra e venda de produtos e serviços para o campo. Tanto na agricultura como na agropecuária, soluções tecnológicas chegaram para unir compradores e vendedores, equilibrando oferta e demanda agora pela Internet, além de serem fundamentais em toda cadeia produtiva unindo fabricante, revenda e consumidor final.

Levando em consideração esse desenvolvimento do modelo de negócio, diversas soluções criadas há alguns anos como empresas prestadoras de serviços digitais, o full commerce da Synapcom, plataformas robustas de e-commerce, sites próprios e marketplaces começam a se destacar também nessa área, levando as melhores ofertas para o agricultor. Um mercado conservador, com extrema proteção aos preços, passa a competir digitalmente, a mostrar seu preço, e a mudança vai ganhando força.

As soluções tecnológicas passam a demonstrar que não serão disrupção na cadeia do Agro, e sim facilitadoras na relação entre fabricante e revenda, com o objetivo de servir ao consumidor final com maior qualidade, eficiência, preço e rapidez.

Digital Agro do futuro

Processos de vendas que antes eram feitos pessoalmente sendo desafiados por longas distâncias, hoje já são feitos por poucos cliques através de WhatsApp, sites e marketplaces focados no Agronegócio. E é nisso que iremos mergulhar agora. O último ano apresentou diversas soluções para o setor. Além do amadurecimento delas, o que podemos esperar? Como o e-commerce e projetos digitais podem ajudar o segmento no presente e no futuro? Destaco algumas das possibilidades:

Omnichannel Agro – A união de todos os canais de venda, o produtor sendo tratado como único, independentemente se escolher comprar pelos canais físicos ou online, no site da fabricante ou do revendedor.

  • Cashback – O que já iniciou e ganhou força no varejo tradicional, agora chega ao Agro dando vantagens consideráveis para o comprador.
  • Fidelização – Alianças comerciais de empresas para dar vantagens a seus clientes fiéis, dando viagens, prêmios ou troca de pontos em programas de fidelização.
  • Otimização do Supply Chain – Ter a máquina quebrada no campo deixará de ser uma preocupação de muitos dias. Com poucos cliques, será possível comprar a peça e receber dentro de 24 horas.
  • Amadurecimento do Modelo de Negócios Barter (operação de troca de produtos por insumos) – No digital, o Barter ganha outra abrangência e agilidade, podendo gerar moedas virtuais para compra de quaisquer produtos em sites Agro do Brasil.
  • Uberização de Serviços – Profissionais disponíveis próximos à fazenda com horário marcado podem realizar alguns tipos de manutenção e consultoria in loco.
  • Customer Experience – Hoje no Agro ainda há muito o que se desenvolver no quesito tecnologia básica de e-commerce para unir a oferta e a demanda orgânica nos principais canais pagos (com exceção de algumas grandes empresas). Mas em um futuro muito próximo o tema Customer Experience ganhará muito mais força, com empresas seguindo o princípio de colocar seu cliente no centro de tudo.
  • Personalização – A tecnologia por si só traz um viés de exclusividade para clientes e produtos. Começa aqui uma onda de personalização de soluções, serviços e produtos, como ferramentas exclusivas de montagem de sua própria máquina, com as peças que quiser.

Essas são algumas tendências que observo que a tecnologia cumprirá no Agronegócio no Brasil e no mundo em curto e médio prazos. Há muito o que trabalhar e, perdão pelo clichê, muita terra disponível para semearmos o digital Agro por aí!

 

 

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Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre Agronegócio: o desenvolvimento tecnológico e a chegada no e-commerce. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.

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