A tecnologia e a escalada do e-commerce nas principais datas do varejo

São apenas 24 horas de promoção, ou 72 horas para quem estende até o fim de semana, mas é um período extremamente importante para as lojas virtuais. A Black Friday, que chegou despretensiosamente ao Brasil em 2010, rapidamente se tornou na data mais popular do e-commerce nacional. Um dos motivos para isso é justamente o avanço da tecnologia, que derrubou mitos em torno do comércio eletrônico e garantiu mais agilidade aos lojistas na hora de venderem seus produtos e/ou serviços. A questão, porém, é que não se trata de utilizar a tecnologia apenas para vender mais, mas principalmente para estruturar processos internos e ter ganho de escala nestes momentos de pico.

É uma necessidade que ficou evidente com a pandemia da Covid-19. Desde março ocorreu uma aceleração no comércio eletrônico no país — e certamente vai se refletir na Black Friday. Números preliminares de mercado mostram que a participação do e-commerce saltou de 5,8% para 11,2%, ou seja, quase dobrou. Boa parte desse número vem de novos consumidores que passaram a comprar online quando não restou outra alternativa. Agora, com a experiência positiva, espera-se essa novidade também nesta data específica, com milhares de consumidores se aventurando pela primeira vez nas promoções.

Portanto, a tecnologia mantém seu papel essencial. Num primeiro momento para que o consumidor possa ser informado sobre os descontos e ofertas, eventualmente navegando com tranquilidade nos sites e aplicativos dos varejistas escolhendo os produtos que mais lhe interessam. Depois, possibilitando uma compra sem solavanco e atrito. E finalmente, garantindo que a entrega será feita de acordo com os prazos acordados e na qualidade desejada pelo usuário.

Justamente neste ponto é que o comércio eletrônico ainda peca no país. É preciso encontrar uma plataforma tecnológica capaz de atender todos os processos, suportando a sazonalidade e garantindo a escala necessária para esse avalanche de demandas que é a Black Friday. É o grande gargalo que ainda desafia as lojas virtuais. Hoje, a maioria das lojas tem poucos problemas de estabilidade e conseguem atender de forma satisfatória a sede por ofertas dos usuários. Mas não adianta escalar os computadores e vender muito se a dificuldade de logística permanece.

Com uma plataforma de crowdshipping, isto é, que utiliza tecnologia para conectar a empresa a uma rede de entregadores independente (da mesma forma que o cloud computing faz com os sistemas), há um crescimento exponencial na capacidade de entregas. O desafio, portanto, é encontrar sistemas resilientes a essas mudanças bruscas de demanda em tempo real. No caso de acessos, os lojistas encontraram alternativas, como antecipando promoções para evitar sobrecarga em horários específicos. Com as entregas é a mesma coisa: é preciso ter uma infraestrutura que suporte um grande número de pedidos e faça as entregas sem qualquer problema nos dias seguintes.

O importante é compreender que o comércio eletrônico em si ainda é um movimente recente no Brasil — completou 25 anos em 2020. Assim, cada Black Friday é um momento para vender, mas também para aprender lições valiosas para o futuro. Ter uma boa solução de tecnologia certamente foi um dos aprendizados mais importantes nos últimos anos. Mas agora é necessário reconhecer que essas ferramentas não podem ficar restritas à página da loja virtual em si, mas avançar em outras áreas, como logística. O processo de compra não termina com o pedido finalizado, mas com o produto entregue nas melhores condições a quem confiou em seu negócio.

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Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre A tecnologia e a escalada do e-commerce nas principais datas do varejo. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.

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