O novo consumidor – paradoxo do isolamento que aproxima

“Os dogmas do passado tranquilo são inadequados para o presente turbulento” – Abraham Lincoln

O tempo presente exige de nós uma nova mentalidade, um novo conjunto de ferramentas, novas habilidades. É preciso renovar ideias e mudar paradigmas. Surge uma nova realidade, uma nova economia, um novo comportamento para o consumo e para a geração de renda.

O consumidor surge como protagonista em um cenário no qual, por exemplo, ele é quem escolhe como vai transacionar suas compras e não mais os bancos. Ele decide se vai usar a tradicional “maquininha”, pagar com QR Code ou utilizar o celular/relógio como uma ferramenta de Near Feature Comunication. O consumidor decide tudo, e suas ideias, opiniões, necessidades e até mesmo queixas moldam o posicionamento das marcas. Em contrapartida, a determinação por um atendimento de excelência, impulsiona uma nova resposta por parte das empresas.

Crise gera oportunidade

A crise nos possibilitou o confrontamento com o risco e a oportunidade. Oportunidades que geraram novas possibilidades. Vivemos novas experiências, conhecemos novos lugares pelo Instagram, nos divertimos com vídeos criativos no TikTok, e esse volume de alternativas só tende a crescer.

O distanciamento físico pôde contribuir para a aproximação social ao invés do isolamento. Tivemos mais acesso a pessoas até mesmo desconhecidas, participamos de reuniões de que outrora não participaríamos. Foram, e acredito que continuarão sendo, muitas lives, muitos webinars, muitas videoconferências. Mais pessoas se tornaram empreendedoras, abriram seu próprios negócios, gravaram vídeos expondo seus talentos em diversas áreas, música, culinária etc.

Ocorreu naturalmente a expansão da visibilidade, novos conceitos e talentos foram aplaudidos. O fechamento dos shoppings e das lojas de rua trouxe o crescimento das vendas em plataformas digitais 24/7. O aumento dessa demanda gerou o aumento da oferta, o e-commerce cresceu substancialmente. A oclusão de algumas “vias”, inaugurou novos caminhos rumo à construção de compras mais assertivas, como a realidade aumentada.

Os diferentes tipos de inteligência dos indivíduos foram aguçados, muitos novos projetos foram e estão sendo desenvolvidos. O setor de meios de pagamentos, por exemplo, acelerou suas inovações e tem a chance de se destacar oferecendo mais escolhas aos seus clientes.

Destaco ainda, o fomento a um engajamento maior das empresas com as causas do meio ambiente e o desenvolvimento social, além de uma sociedade mais consciente dos seus direitos e deveres.

Era da Sabedoria

Infelizmente, o vírus trouxe muita dor à sociedade, mas em meio à tristeza e com respeito a toda essa circunstância adversa, podemos também ter um olhar para o renascimento de uma nova era, a Era da Sabedoria, onde a constante busca pela informação e conhecimento terá que vir agregada aos propósitos e princípios.

Gigantes corporativos chegaram a cancelar suas publicidades em redes sociais que não se posicionaram ativa e rapidamente contra o ódio e/ou racismo. O mundo corporativo cobra valores.

A globalização dos mercados, a conectividade universal e a democratização das informações e expectativas aumentaram significativamente a concorrência. As organizações que não tratarem seus problemas crônicos se surpreenderão com problemas agudos. Os considerados crônicos são ausência de propósito e visão, falta de confiança, baixo nível de comunicação e engajamento. Estes geram os agudos, ineficiência no mercado, atropelo das contas (em especial o fluxo de caixa), qualidade ruim, ineficiência no controle de custos e engessamento.

Como disse Aristóteles: “A nossa vocação reside onde cruzam os talentos e as necessidades do mundo”. É tempo de valorizar talentos. Lembrando que habilidades não são necessariamente talentos. As habilidades podem ser desenvolvidas por uma necessidade, e os talentos podem ser esquecidos ou até mesmo enterrados. Quando as empresas têm colaboradores que usam apenas suas habilidades, eles fazem suas atividades de forma trivial. Quando os colaboradores são colocados de frente com a oportunidade de aplicarem, desenvolverem e multiplicarem seus talentos, acontece o excepcional.

E a segurança?

É tempo de entregar o valor que toda a sociedade está procurando: a segurança. As empresas que ampliarem a capacidade de responder ao consumidor, customizando segurança, sairão e permanecerão na frente. É preciso garantir que esse consumidor, que pode estar se sentindo, independentemente da sua posição social, restringido ou protegido, se sinta seguro. Tecnologia, estruturação de processos e boas parcerias garantirão essa entrega.

Ainda se discute a questão do on e off. Definitivamente, o digital entrou no processo de compra. O consumidor que teve uma boa experiência na compra de itens básicos, como alimentação, remédios, higiene pessoal, vestuário, entre outros, aprendeu um caminho. A discussão não deve ser pautada mais entre o processo de compra que certamente se tornou on + off, mas sim em como conhecer mais o seu consumidor.

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Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre O novo consumidor – paradoxo do isolamento que aproxima. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.

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