Sobre o que você mais gosta de conversar com outros profissionais?

Conectar-se com outros profissionais do mesmo ecossistema em que você atua, sem sombra de dúvidas, traz muitos benefícios. O mesmo mindset contribui para o engajamento da conversa ser natural, gerando foco e abrindo a mente para tal conteúdo.

Nós, profissionais híbridos da atualidade, vivenciamos isso diariamente em nossos compromissos profissionais, seja em um workshop, evento, reunião formal e até mesmo um momento de lazer, como o happy hour.

Como estamos falando de um tema bem amplo, destaquei em cinco tópicos o que mais admiro ao conversar com outros profissionais.

1 – Aprendizado constante. Você nunca vai saber tudo!

Compartilhar conteúdo é uma das melhores formas de aprender. Pode ser o seu próprio conteúdo a ser transmitido a alguém ou os exemplos de terceiros. Ao conversar com demais profissionais, tanto no mundo do empreendedorismo quanto no corporativo, sem perceber, estamos evoluindo… E evoluindo muito!

Refiro-me à uma evolução natural, em que, ao absorver um conteúdo relevante, podemos gravar aquele dado. Com isso, registramos como fonte de opinião em um momento futuro ou até mesmo entendemos que aquilo não faz jus à sua linha de raciocínio, tendo certeza de sua opinião contrária.

A tecnologia nos aproxima de conteúdos relevantes a cada minuto, e toda informação absorvida pode ser útil. Eu mesmo, ao me conectar com um assunto estratégico ou até mesmo um simples case de outra empresa, logo me imagino aplicando aquela solução à minha própria operação ou incluindo tal metodologia em minha esfera profissional.

Conversar com outros profissionais nos provoca o amadurecimento da visão estratégica. Mais do que isso, nos motiva com bons exemplos, tanto de sucesso quanto de insucesso (não chamo de fracasso erros cometidos, pois para mim fracasso é não arriscar algo para se alcançar novos objetivos).

Para lhe gerar uma reflexão, ficam as perguntas:

  • Um(a) professor(a) aprende mais estudando ou dando aula?
  • Qual a distância entre o seu conhecimento hoje comparado ao conhecimento que você tinha cinco anos atrás?!?!

Ah, e a tal da influência?!? Pois bem, devemos ter cuidado para não nos deixar levar a ponto de colocar a nossa própria opinião de lado. Afinal, a influência pode ser tanto para o lado positivo quanto negativo. Sendo assim, cabe a todos os profissionais, independentemente da posição hierárquica na companhia, manter o objetivo ético dentro dos negócios e perante a sociedade. Valores são muito mais significativos do que qualquer outro indicador, e isso se resume à mensagem com a qual me deparo com frequência: “o errado é errado mesmo que todo mundo esteja fazendo. O certo é certo mesmo que ninguém esteja fazendo (autor desconhecido)”.

2 – Modelos de negócios diferentes do seu

O quão interessado você se sente em entender o modelo de negócios dos mais variados setores? Um dos principais pilares do perfil de um empreendedor ou gestor, em minha opinião, é enxergar negócio nas mais variadas situações e vincula-lo às suas operações se houver conexão. Dialogar com as pessoas sobre suas operações e processos me deixa com os olhos brilhantes, pois mesmo sendo de segmentos diferentes, existem oportunidades de aplicação a todo momento.

Não estou me referindo a categorias diferentes entre o varejo, mas sim a negócios totalmente distintos um do outro. Vamos utilizar, por exemplo, um modelo de streaming que um dia foi disruptivo no mercado e na indústria da música e que mudou o modo de consumo na ponta — afinal, todos nós adoramos ter um controle de custo mensal para um uso ilimitado de tal produto ou serviço. E se, de repente, ele pudesse criar sinergia e se mostrar um grande conceito para ser aplicado ao seu modelo de negócios?

3 – Suas dores não são maiores do que as do seu vizinho!

Muitos gestores e líderes (principalmente de empresas de menor porte) ficam míopes ao viverem somente as dores da sua operação e se isolam do que acontece “lá fora”. Isso significa muita operação e menos visão! Portanto, ao se conectar com demais profissionais, você conseguirá identificar dores piores do que as suas, com base nos variados segmentos do mercado. Afinal, a grama do vizinho é sempre mais verde, não é mesmo? Muitas vezes, não!

Você já imaginou uma logística reversa de um ser vivo? Refiro-me a um lojista que compartilhou essa dor ao vender peixes no e-commerce. Vamos além: já imaginou um processo de cancelamento em que o cliente utiliza a lei do arrependimento dentro dos sete dias, sendo que os produtos eram convites de casamento, ou seja, 100% personalizados para aquele cliente? Pois bem, uma gráfica no e-commerce sofre com isso e muito mais.

Todo segmento encontra seus desafios no e-commerce. Portanto, líderes e gestores devem utilizar suas dores para se reinventarem e focarem sempre no cliente em vez do mercado em si. Cabe a nós buscarmos o melhor caminho para resolução sem descentralizar o cliente como objetivo principal. O que é bom para seu negócio nem sempre é bom para o seu cliente.

4 – Teoria vs realidade

Muitos de nós ouvimos diversas teorias e recebemos muitas ideias de como evoluir e aprimorar nosso negócio por meio de workshops, treinamentos, palestras, webinars, eventos, etc. Mas a grande dificuldade está em efetivar essas teorias. No mundo do e-commerce, nunca se sabe qual tipo de “incêndio” virá. Com isso, seu cronograma (e às vezes até mesmo seu roadmap) é postergado, pois você precisa estar vestido de bombeiro o tempo todo. Por isso, costumo dizer que muitas pessoas têm grandes ideias durante o banho, mas somente aquelas que as executam sairão na frente.

Grandes companhias conseguem ter caixa e equipe para grandes transformações, porém sem velocidade devido à cultura ou burocracia da empresa. Já pequenos negócios têm velocidade, mas podem não dispor de caixa e braço suficiente para executar a implantação das ideias. Afinal, precisamos nos atualizar constantemente, gerar resultados positivos, atender o cliente de forma impecável, crescer constantemente de forma saudável, engajar a equipe, captar investidor, palestrar… Tudo isso e muito mais, sem contar o impacto de situações que estão fora do seu controle, como notícias econômicas e políticas que afetam indiretamente seu negócio. Isso significa que a teoria é linda, mas a realidade infelizmente não trabalha na velocidade que desejamos.

5 – Não existe empresa sem lucro

Um dos assuntos mais polêmicos ao conversar com outras pessoas: rentabilidade do negócio. Não é de hoje que vemos empresas perdendo valor e até mesmo fechando as portas pela falta de lucratividade. Vendas nas alturas, mas com margem negativa na Black Friday? Cuidado, pois essa conta uma hora chega…

Diante do grave problema, fico sempre motivado ao ver o mercado amadurecendo nesse quesito, tanto do ponto de vista dos investidores quanto dos varejistas. Afinal, a escala sempre existiu no e-commerce, mas o marketshare sem lucro não é bem visto no DRE. As estratégias bem-sucedidas e as que já falharam sempre são fontes de inspiração para todos nós. Infelizmente poucas pessoas têm a coragem de expor seus erros publicamente. É por isso que, ao conversar com os profissionais de todo mercado, a experiência lhe permite absorver dados que não são encontrados facilmente.

O tal do networking é muito mais do que ter colegas de mercado por perto. Significa uma troca de experiências e compartilhamento de ideias que podemos absorver naturalmente. Essa essência, uma vez natural, é muito significativa e gratificante na minha visão. E confesso: ainda estou em aprendizado!

O que te brilha aos olhos quando conversa sobre o que aprendeu no e-commerce em 2019?

Enxergar o amadurecimento do e-commerce brasileiro me deixa muito animado. Ver que temos muito espaço para diversos lojistas, evitando um monopólio de poucos players — como ocorre em alguns países —, me faz enxergar cada vez mais futuro neste modelo de vendas. Vale lembrar que não perdemos para nenhum país em nível de tecnologia. Muito pelo contrário: temos exportado serviços pelo mundo e com muito êxito.

Agora, falando de aprendizado, no primeiro semestre de 2019 eu destaco o uso dos dados nas estratégias das companhias. O uso segmentado dos dados permite eliminar o achismo que ronda toda operação. As ferramentas atuais têm possibilidades quase infinitas para atender o consumidor da maneira correta. Ou seja, comunicar de forma individual e no tempo certo. Por isso há empresas com valuation significativo no mercado mesmo com baixa rentabilidade. Afinal, dados valem muito nos dias atuais, e quem consegue trabalhar de forma correta se destaca entre os demais.

Na teoria todos deveríamos trabalhar os clientes de forma individual. Mas, atire a primeira pedra quem nunca enviou e-mail marketing base full para alavancar as vendas.

Um dado adicional para encerrar o conteúdo: no Brasil, das pessoas que têm acesso à Internet (em qualquer dispositivo), 85% acessa todos os dias. Estamos falando de cerca de 126 milhões de pessoas pesquisando conteúdo e sendo impactadas por diversas campanhas de mídias digitais diariamente. Desta forma, o e-commerce deve ser visto como um canal de posicionamento e comunicação de uma marca com seu consumidor, e não mais como apenas um canal de vendas.

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Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre Sobre o que você mais gosta de conversar com outros profissionais?. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.

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